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Alternativas hídricas podem ter papel essencial na sobrevivência de comunidades tradicionais no Amazonas.

Reportagem: Eros Sousa. 

A seca histórica que atingiu o Amazonas no ano passado abre espaço para alternativas que possam amenizar a devastação do fenômeno ambiental, principalmente em comunidades mais vulneráveis.

Por causa do evento todos os municípios do Amazonas permanecem em estado de Emergência. Em outubro, o Rio negro atingiu o menor nível da história com 12 metros e 70 centímetros.

Uma das principais preocupações é a maneira em que a água é utilizada. Que alternativas temos quando o que nos mantém vivo está em falta?

Uma delas é a utilização de poços artesianos. O especialista em tecnologias ambientais, Diogo Taranto, diz que a perfuração dos poços pode ser uma alternativa diante dos eventos extremos de seca:(ouça)

A região norte do país apresenta uma contradição, mesmo tendo a maior reserva hídrica do mundo, apenas 59% da população têm acesso à água tratada na região, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento.

Em relação ao acesso à rede de esgoto, esse número vai para 13%.

Eugênio Netto é fundador do Projeto Saúde e Alegria no Amazonas, uma iniciativa civil que atua em comunidades da Amazônia brasileira para promover o desenvolvimento sustentável. Ele explica que esse cenário de falta de acesso à água e saneamento básico se potencializa principalmente durante a seca:(ouça)

Outra alternativa viável é o reuso da água. A ação pode ajudar em tarefas usuais e rotineiras, como explica o especialista em tecnologias ambientais, Diogo Taranto:(ouça)

Algumas ações simples também podem ser transformadores no uso da água para as comunidades ribeirinhas durante o período da seca. Uma delas é um tratamento que pode ser realizado pela própria comunidade, como explica Eugênio Netto:(ouça)

Essas ações ajudam as comunidades a cuidarem do próprio abastecimento. Já que a falta da água potável é a principal causadora de doenças como malária e diarreia, que se agravam em eventos climáticos extremos.

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