Uma casa pode ser cheia de armadilhas para crianças. A lista é grande, piscinas, escadas, tomadas e até panelas no fogo. Nos últimos dois anos, devido à pandemia do coronavírus, as medidas de quarentena foram uma oportunidade para as famílias ficarem mais tempo juntas, mas também se tornaram uma dor de cabeça, uma vez que os acidentes domésticos se tornaram mais frequentes.
A Gabrielle Peixoto, mãe do João de apenas dois anos de idade que o diga. (ouça)
A relações-públicas, Ana Costa, prima do Isaac de quatro anos, afirma que a família precisou adaptar a casa para evitar acidentes domésticos. (ouça)
Estima-se que no Brasil ocorrem cerca de 200 mil acidentes domésticos por ano com crianças, como queimaduras, quedas e afogamentos. Entretanto, nas férias escolares este índice aumenta em 25%.
Os dados são da Sociedade Brasileira de Pediatria. No fim do mês passado um acidente que aconteceu dentro da casa de uma família em Manaus chamou atenção para o assunto.
Um bebê de 10 meses morreu após uma televisão de tubo cair em cima de sua cabeça. A professora de Pediatria da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Rossiclei Pinheiro, explica que durante a pandemia a quantidade de acidentes domésticos aumentou. (ouça)
A médica chama a atenção principalmente para os adultos tomarem cuidados com fios e tomadas. (ouça)
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o total de internações de crianças no último ano, em todo país, por intoxicação subiu quase 11%. Quedas, queimaduras e afogamentos também são pontos que demandam atenção especial.
Reportagem: Ricardo Chaves
