Vereadores evangélicos de Manaus afirmam que segmento não está aberto à esquerda

Vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) ligados a igrejas evangélicas de variadas denominações comemoram o crescimento de fiéis na população de Manaus e avaliam que não existe espaço dentro do meio evangélico para, segundo eles, “ideias de esquerda”.

Dados do Censo de 2022 do IBGE apontam que quase 40% da população do Amazonas se declara evangélica. Em 2012, o percentual era de 31%. Um crescimento de 27% em doze anos. A população amazonense ainda professa majoritariamente a versão católica do cristianismo.

O vereador Eduardo Alfaia e pastor da Assembleia de Deus de Madureira atribuiu o crescimento de evangélicos ao trabalho de evangelização e a didática litúrgica das igrejas protestantes. Segundo ele, nenhum cristão autêntico coaduna com o que a esquerda prega.

O vereador Joelson Silva, que atua como pastor auxiliar na Assembleia de Deus no Amazonas, analisa que a comunidade evangélica é diversa e admite a existência de fiéis e religiosos que pensem mais à esquerda entre protestantes, mas na avaliação dele, o segmento se identifica majoritariamente como conservador.

O vereador João Carlos, pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, concorda que os evangélicos se identificam mais com valores defendidos pela direita.

54% dos vereadores da CMM integravam a bancada evangélica da Casa na legislatura passada. Denominado Frente Parlamentar Cristã (Fepacri), o grupo era composto por quase 22 vereadores.

O sociólogo e professor da Universidade Federal do Amazonas, Raimundo Nonato avalia que a arena política não é dominada apenas por ideias de direita e esquerda, mas também pela igualdade e caridade que são princípios cristãos.

Em Manaus, maior colégio eleitoral do estado, os católicos ainda são maioria, com 44,38% da população, enquanto a parcela que se declara evangélica alcança 39,49%. Apesar de não superar os católicos na capital, em alguns municípios que concentram grandes porções do eleitorado, os evangélicos já são predominantes.

Em Manacapuru, por exemplo, o segundo maior colégio eleitoral do Amazonas, os evangélicos já são a maioria com 51,78%.

Por Jefferson Ramos.

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