A violência contra a mulher dificulta o acesso ao pré-natal e aumenta mortalidade materna no Amazonas.
A informação foi citada durante o 3º Seminário de Redução do Óbito Materno no Amazonas, promovido pela Prefeitura de Manaus em parceria com órgãos estaduais e o Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa).
O evento, realizado nesta quarta-feira (28), reuniu profissionais e gestores da saúde em torno de estratégias para diminuir os casos de morte de mulheres durante a gestação e até três meses após o parto.
A presidente do Comitê Estadual de Prevenção do Óbito Materno, Infantil e Fetal (Cepomif), Nádia Sobral, afirmou que o Amazonas registra 55 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos, quase o dobro da meta nacional. Em 2016, eram 64 mortes maternas por 100 mil nascidos vivos.
Dados apresentados mostraram que entre 2016 e 2024, Manaus teve 261 mortes por complicações na gravidez, sendo que gestantes pretas, pardas, muito jovens ou com baixa escolaridade estão mais vulneráveis.
As principais causas diretas são transtornos hipertensivos, perdas gestacionais e infecções relacionadas à gravidez.
Especialistas reforçam que a mortalidade materna vai além da saúde, envolvendo questões sociais e de gênero, e pedem políticas públicas integradas para proteger as mulheres.
O seminário foi realizado em alusão ao Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna.
Da redação.