Um mês após incêndio criminoso, Mercadão de Manaus está sem extintores e comerciantes se sentem inseguros

Apesar do incêndio criminoso que deixou três pessoas mortas há um mês,
Um mês após incêndio criminoso, Mercadão de Manaus está sem extintores e comerciantes se sentem inseguros
Reportagem: Vitória Freire

Apesar do incêndio criminoso que deixou três pessoas mortas há um mês, o mercado Adolpho Lisboa, no Centro de Manaus, segue sem extintores que poderiam evitar uma nova situação de emergência.

Em visita ao local na última segunda-feira, os espaços em que deveriam estar os equipamentos, não há reposição dos objetos usados para apagar o incêndio no dia 16 de agosto deste ano.

O trágico episódio marcou comerciantes e pessoas que presenciaram o suspeito atear fogo em uma loteria instalada no local. O incêndio atingiu e matou três vítimas.

A reposição dos extintores não é realizada por causa de um impasse entre a comissão gestora do mercado e a Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc) responsável pela fiscalização e normas do espaço.

Desde 2004, a prefeitura trabalha em uma gestão compartilhada com os permissionários do Adolpho Lisboa.

De acordo com a atual presidente da comissão gestora do Mercado, Ana Ismael, a Semacc já foi acionada sobre a substituição dos extintores, a partir do envio de um ofício. A representante disse que é o órgão quem deve executar essa atividade.

Já Semacc disse, em nota, que a responsabilidade é da comissão gestora. No entanto, a pasta diz estar atuando em conjunto com os permissionários, para que a compra seja finalizada em menor espaço de tempo.

A Semacc complementa que após o incêndio, quando a carga de todos os extintores foi utilizada, um levantamento foi feito, com o objetivo de iniciar o processo de aquisição de uma nova carga. O processo, que é burocrático, já está em trâmite final de compra.

O comerciante do Mercado Adolpho Lisboa, Antônio Jacaré, argumenta que trabalha preocupado em meio à ausência dos equipamentos.

A vendedora Dandara Azevedo, de 21 anos é, afirma que ainda não se sente segura no espaço.

Segundo a Lei Federal 13.425, de 2017, responsável por apresentar as medidas de segurança e prevenção de incêndio, determina que os extintores e sistemas de alarme de incêndio são obrigatórios em comércios, empresas, igrejas, escolas e demais tipos de edifícios onde há reuniões e circulação de pessoas.

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