Os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) repercutiram em sessão desta terça-feira, 24, a decisão provisória da Justiça do Amazonas de suspender as duas Comissões Parlamentares de Inquérito abertas pela Casa Legislativa que buscam investigar denúncias contra o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante).
Com a proximidade do 1º turno das eleições municipais, os vereadores alinhados à oposição, defenderam a abertura imediata das CPIs, enquanto a base, insistiu que ambas sejam abertas apenas após o período eleitoral.
Na tribuna, o presidente da Casa Legislativa e vereador, Caio André (União Brasil) rebateu as alegações feitas no mandado de segurança apresentado e acatado pela Justiça, pelo vereador Eduardo Assis (Avante).
No discurso, o parlamentar disse que a escolha dos membros respeitou critérios estabelecidos nos blocos partidários, o mesmo critério que é adotado para a divisão estabelecida para as comissões da Casa.
Atualmente a Casa conta com dois blocos partidários:
O ponto foi questionado por Assis e acatado pelo desembargador Pascarelli.
Caio André também rebateu a alegação quanto ao número de membros das CPIs. O vereador disse que a quantidade foi acertada e negociada no colégio de líderes:
Ainda na sessão, entre os vereadores que se manifestaram a favor da CPI, estiveram William Alemão (Cidadania), Dr. Daniel Vasconcelos (Republicanos) e Diego Afonso (União).
Da base, coube a Isaac Tayah (MDB), Gilmar Nascimento (Avante) e Elan Alencar (DC) o papel de defender que as CPIs sejam abertas pós-período eleitoral.
Isaac disse que a CPI não pode ser usada para investigar ao que chamou de “questões pessoais”:
O vice-líder e vereador Gilmar Nascimento, defendeu a decisão da Justiça de suspender as CPIs a pouco dias do 1º turno das eleições. O vereador afirmou que as comissões seriam usadas como uma “máquina de produzir notícias ruins”:
Com a suspensão, a CMM deverá aguardar uma decisão final sobre o caso antes de dar continuidade aos procedimentos de instauração das comissões.