Reportagem: Tawanne Costa
O relato é da comerciante, Cíntia Marques, que passou minutos antes do desastre ocorrido na ponte sobre rio Curuçá, no Careiro da Várzea, em 28 de setembro de 2022.
A tragédia deixou 5 mortos e 14 feridos.
Entidades de defesa da BR-319 já alertavam que a tragédia era prevista e que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes-DNIT já estava ciente das falhas, como afirma o presidente da Associação Amigos da BR Cícero Azevedo. (Ouça)
Os problemas de infraestrutura na BR-319 seguem causando transtornos e deixando parte da população do Amazonas cada vez mais isolada por terra.
A rodovia é a única via que liga o Amazonas a Rondônia, e, consequentemente, ao restante do Brasil. Mas boa parte da rodovia federal praticamente não é utilizada pela população por causa dos trechos intrafegáveis.
Segundo a diretora-presidente da Casa Rio, pasta ligada ao Observatório 319, Mônica Borba, a situação precária já vinha sendo denunciada. (Ouça)
Para chegar até ao município de Careiro Castanho é preciso acessar a 319. O caminho além de longo, só pode ser concluído através das pontes, já que rios da região percorrem o trecho.
Durante um ano, o presidente de uma comunidade local, Antônio Aquino, conta que viu de perto a realidade da população ser afetada drasticamente. Ele afirma que as falhas na assistência persistem. (Ouça)
Em nota, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes-DNIT diz que durante um ano ainda trabalha na remoção dos escombros da antiga ponte sobre o rio Curuçá. Com a vazante acentuada, ainda há algumas peças submersas a serem retiradas, o que deve levar um pouco mais de tempo para que este serviço seja concluído.
O órgão diz ainda que as obras de construção devem iniciar tão logo o projeto de engenharia seja analisado e aprovado pelos técnicos do DNIT.