Por Mauricio Max
Garis, motoristas de ônibus, ambulantes e outros trabalhadores em exposição são os mais afetados com a fumaça que atinge o Amazonas há quase dois meses.
Para o epidemiologista e pesquisador da Fiocruz Amazônia, Jesem Orellana, além deste cenário atingir os grupos mais vulneráveis de idosos e crianças, os mais prejudicados são os trabalhadores invisibilizados.
O Amazonas tem os piores indicadores para o mês de agosto, com números de queimadas que superam os últimos 26 anos desde o início da série histórica. São mais de 9 mil focos de incêndio de 1º a 29 de agosto.
Jesem Orellana afirma que, diferente da pandemia de Covid-19 nos anos de 2020 e 2021, o cenário agora é de impactos em diversos setores.
Em meio ao cenário da densa fumaça, a Fiocruz Amazônia recomendou o uso de máscaras com sistema de filtragem especial (N95 ou PFF2), principalmente por pessoas com histórico de comorbidades e doenças respiratórias.
Os especialistas ainda demonstram preocupação sobre o tempo de exposição à fumaça tóxica, já que em anos anteriores a condição só ocorreu em outubro.
As principais recomendações do Ministério da Saúde, além do uso de máscara, são aumentar a ingestão de água e líquidos; reduzir ao máximo o tempo de exposição; permanecer em local ventilado, com ar condicionado ou purificadores de ar; e manter portas e as janelas devem permanecer fechadas.
Para pessoas com problemas cardíacos, respiratórios, imunológicos, entre outros, as orientações são: buscar atendimento médico para atualizar plano de tratamento; manter medicamentos e itens prescritos pelo profissional médico disponíveis para o caso de crises agudas; buscar atendimento médico na ocorrência de sintomas de crises; e avaliar a necessidade e segurança de sair temporariamente da área impactada pela sazonalidade das queimadas.