Um mês após surgirem os primeiros casos de rabdomiólise este ano no Amazonas, o estado tem 78 registros suspeitos da síndrome, associada à “doença da urina preta”.
O número é maior que os 27 casos registrados em 2008, ano do primeiro surto, e também supera o de 2015, quando houve 74 pessoas infectadas.
O cenário da rabdomiólise foi atualizado nessa terça-feira (21) pela Fundação de Vigilância em Saúde.
Dos 78 casos da doença suspeitos no Amazonas, 63 estão em investigação epidemiológica e 15 foram descartados.
Dez pessoas seguem internadas, em quadro estável. Nove são de Itacoatiara e uma de Itapiranga.
Após intervenção de restrição do consumo de pescado, o município de Itacoatiara, que registra a maioria das pessoas contaminadas, teve redução de 69% dos casos, comparando semana de 14 a 20 de setembro com a semana anterior à restrição, de 25 a 30 de agosto.
Ainda segundo a FVS, os peixes mais consumidos e envolvidos nos casos de suspeita da rabdomiólise investigados são: pacu, tambaqui e pirapitinga.
Conforme boletim epidemiológico, 100% dos peixes consumidos são de vida livre, 85% são procedentes de rios e 9% de lagos. Ouça:
Reportagem: Cindy Lopes
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