Reportagem: Tawanne Costa
Quatro meses depois, indígenas continuam enfrentando surto de malária em comunidades no interior do Amazonas. Em julho desse ano, a reportagem da BandNews Difusora confirmou com a Secretaria de Saúde do Município de Maués que mais da metade das aldeias registravam casos confirmados da doença, ou seja, 672 pessoas estavam contaminadas.
De acordo com o Distrito Sanitário Especial Indígena, até o mês passado mais de 2 mil casos foram notificados. O surto repentino possui relação com aglomeração em eventos e festividades, além da atividade de garimpo.
Desde então, as comunidades continuam enfrentando o problema. Isso porque os indígenas não estão concluindo o tratamento, o que tem impedido o combate a doença.
É o que afirma Maisangela Oliveira da etnia Sateré Mawé. (Ouça)
De acordo com os dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica (Sivep-Malária), o Amazonas registrou, de janeiro a agosto deste ano, 36.994 casos confirmados da doença.
A situação coloca em risco, gestantes, crianças e demais pessoas que já possuem saúde em situação de vulnerabilidade.
Segundo a diretora-presidente da FVS, Tatyana Amorim, o órgão realiza a avaliação de novas estratégias para o enfrentamento da malária. (Ouça)
Mas a meta de erradicação da doença se estende até 2030.
A informação é do secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros. (Ouça)
O DSEI-Parintins, diz que vem realizando ações de intervenção aos casos de malária e fazendo acompanhamento junto as aldeias.