Reportagem: Vitória Freire
Com participação de mais de 380 mil pessoas, o #SouManaus Passo a Paço finaliza os quatro dias com sucesso ao incentivo à cultura, mas com críticas à organização do evento.
O festival, que ocorreu nos dias 3,4,5 e 6 deste mês, alcançou, em média, 660 artistas amazonenses, pertencentes a diversas áreas.
O guitarrista Roberto Freire, do grupo Jambu, comenta a respeito do movimento “Manaus É Nós”, que surge como forma de protesto ao tratamento proveniente da ManausCult fornecido aos músicos amazonenses. (Ouça)
Roberto acrescenta que o tempo de duração do show da Jambu sofreu redução e que o grupo teve sua performance interrompida pelo apresentador do evento. (Ouça)
O guitarrista do Conduta Zero92, Rafael Bezerra, também critica o processo de curadoria e logística do festival no que se refere à locação de artistas em determinados palcos. (Ouça)
Além das manifestações, existiram, igualmente, problemáticas de segurança e superlotação, que acarretaram em cenários nos quais pessoas precisaram ser socorridas devido a mal-estar e ferimentos. (Ouça)
No primeiro dia de #SouManaus Passo a Paço, segundo informações da Prefeitura de Manaus, cerca de 60 mil pessoas estavam presentes.
A programação envolvia performances de artistas nacionalmente reconhecidos, como Djonga, Duda Beat e Jão, que juntos somam mais de 6 milhões de seguidores nas redes sociais.
O rapper Djonga, em determinado momento de sua apresentação, se mostra preocupado com o fato de alguns fãs estarem batendo suas cabeças em uma estrutura de ferro localizada em meio ao local, e alertando o público para que concedesse passagem para a equipe de bombeiros, pois existia alguém passando mal. (Ouça)
A cantora Duda Beat também expressa apreensão com a quantidade de pessoas que necessitavam de ajuda médica. (Ouça)
No penúltimo dia do evento, os palcos atingiram lotação máxima e, por isso, a coordenação bloqueou o acesso da população ao festival. Em meio ao fluxo intenso de pessoas e empurrões, um dos portões foi derrubado.
O segurança, Rodrigo Cordeiro, estava presente durante o ocorrido e explica que alguns indivíduos foram feridos em razão do arrombamento do portão. (Ouça)
A Prefeitura de Manaus, por meio de nota divulgada nas redes sociais da ManausCult, alega que a situação de tumulto se deu pela insatisfação de algumas pessoas, que não atenderam às recomendações de segurança que limitavam o acesso após lotação máxima.
O órgão complementa que não houve emprego de balas de borracha, mas que a Polícia Militar utilizou gás lacrimogêneo para que as pessoas pudessem dispersar e assim evitar maiores ocorrências.