Trabalhadores da saúde indígena que atuam nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) Yanomami, em Roraima, anunciam greve geral a partir da próxima segunda-feira (17).
A paralisação foi aprovada em assembleia na quarta-feira (12) motivada por atrasos salariais, más condições de trabalho e falta de materiais e de segurança nos territórios indígenas. A paralisação será por tempo indeterminado.
Segundo a presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Privados de Serviço de Saúde de Roraima (Siemesp/RR), Joana Gouveia, não está sendo garantido pelo Ministério da Saúde e instituições do governo federal as mínimas condições de trabalho aos profissionais da saúde. Ela relata ainda que a atividade no território é de risco, devido a presença de garimpeiros.
O Território Yanomami, localizado entre o Amazonas e Roraima, está em situação de emergência sanitária desde 2023. O Ministério da Saúde que vinha monitorando a situação da saúde dos indígenas, deixou de publicar dados atualizados nos boletins do Centro de Operações Yanomami (COE – Yanomami).
O último relatório foi publicado em janeiro deste ano, com grande parte dos dados referente ao primeiro semestre de 2024.
Dados obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) pela Folha de São Paulo revelaram que só em 2024, o número de casos de malária subiu de 18,3 mil em junho para 33,3 mil em dezembro. Um aumento de 83% em seis meses. Do total de notificações de malária no território, 14.672 (44%) se referem a crianças de 0 a 9 anos de idade.
A BandNews Difusora FM solicitou posicionamento do Ministério da Saúde e aguarda retorno.
Da redação.