Siga nossas redes sociais

Sem teto e sem revitalização, hospital universitário na Santa Casa segue sem prazo para ativação

por Clara Toledo Serafini

Sem teto e sem revitalização, hospital universitário na Santa Casa segue sem prazo para ativação

Abandonada desde 2004 e arrematada durante leilão pelo grupo Fametro por mais de R$ 9 milhões, em 2019, a Santa Casa de Misericórdia no Centro Histórico de Manaus segue sem revitalização e sem prazo para ser ativada.

Sem teto e sem revitalização, hospital universitário na Santa Casa segue sem prazo para ativação
Sem teto e sem revitalização, hospital universitário na Santa Casa segue sem prazo para ativação.

A promessa era de que, em três anos, a contar da data da venda, o patrimônio fosse transformado em um Hospital Universitário com atendimento de saúde à população do estado, mas até agora, foram feitas apenas limpezas e retirada de entulhos.

A reportagem foi até o local e constatou que o espaço – antes abrigo de moradores de rua e usuários de drogas – além de estar cercado por tapumes, conta com um guarda para evitar novas invasões.

O colunista de turismo, cultura e cotidiano da BandNews Difusora FM, Orlando Câmara, fala que, além da importância histórica, o prédio da Santa Casa de Misericórdia tem um alto poder de segurança pública. (ouça)

Sem teto e sem revitalização, hospital universitário na Santa Casa segue sem prazo para ativação

Cláudia Mendonça é proprietária de 3 hotéis e sócia de um restaurante localizados nas proximidades da Santa Casa. A empresária diz que a ativação do local tornaria a área central menos perigosa e mais atrativa para quem visita a cidade. (ouça)

Em novembro do ano passado, andaimes foram colocados ao redor da Santa Casa para a instalação de um novo telhado para evitar infiltrações e deterioração do prédio, que há anos, é castigado pelas intensas chuvas. No entanto, por falta de licença, as obras foram embargadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb).

Em nota, o Iphan disse que após o embargo, a Fametro protocolou os projetos de cobertura emergencial e não deu mais nenhum retorno ao órgão.

O prédio está localizado na área de proteção do Centro Histórico da capital, tombado em 2012, e qualquer intervenção nessas unidades históricas deve passar por análise e aprovação dos órgãos licenciadores para evitar perdas de partes importantes da estrutura. É o que explica o diretor de planejamento do Implurb, Pedro Paulo Cordeiro. (ouça)

Inaugurado em 1880, o hospital particular era referência médica em Manaus mas, após crise financeira, encerrou as atividades em 2004. Desde lá, o prédio ficou abandonado e chegou a ser objeto de vários processos judiciais.

O historiador Fábio Augusto Carvalho destaca a importância de preservar o local. (ouça)

Em nota, o Grupo Fametro informou que está acompanhando todas as ações no prédio por meio de fiscais e realizando os procedimentos legais necessários para assegurar o patrimônio histórico do Amazonas.

Sem estipular uma data, a instituição disse que futuramente o prédio voltará a funcionar como um hospital universitário.

Reportagem: Cindy Lopes

Curta e compartilhe!

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

Assine nossa newsletter

Receba uma seleção de notícias feitas pelos nosso editores. De segunda a sexta-feira, sempre bem cedinho!

Últimas Notícias

plugins premium WordPress