Por Tawanne Costa
A seca na região do rio Madeira já começa a causar prejuízos às embarcações que operam no transporte de cargas e insumos. Com a descida do rio, os encalhes se tornaram mais frequentes. Nas últimas semanas, os registros de colisão em bancos de areia e pedras dificultaram a travessia dos navios cargueiros.
Para o empresário, que já presidiu o Sindicato das Empresas de Navegação do Amazonas (Sindarma), Dodó Carvalho, o problema é mais uma decorrência da severa vazante dos rios do Amazonas
A situação afeta o abastecimento das cidades e dificulta a locomoção entre a capital e os municípios.
Além do Madeira, o Solimões também apresenta níveis abaixo da faixa da normalidade para o período.
Considerando os registros mais recentes, o Solimões entrou em recessão em Tabatinga, que aponta descidas médias diárias na ordem de 15 centímetros.
Segundo Dodó, já há preocupação com o tráfego na região. Ele estima que no próximo mês, Manaus comece a sentir os efeitos da estiagem.
O empresário também estima que o valor do frete será reajustado e consequentemente os produtos ficarão mais caros.
O transporte hidroviário é praticamente a principal alternativa na região. É pelos rios que os insumos chegam até as comunidades ribeirinhas e abastecem também o Polo Industrial de Manaus.