Morre, aos 56 anos, a ginecologista Dária Barroso Serrão das Neves. A médica coordenou o Ambulatório de Diversidade e Gêneros do Amazonas, o único do estado voltado ao atendimento da população LGBTQIA+. A causa da morte foi um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Reconhecida pela dedicação no cuidado a esses pacientes e por sua atuação como ativista pelos direitos da comunidade LGBTQIA+, Dária deixa um legado significativo na área da saúde e na luta por inclusão.
Em entrevista à BandNews Difusora FM, o internacionalista e especialista em Direitos Humanos, Emilío Morón, destacou que as políticas públicas voltadas à saúde LGBTQIAPN+ no Amazonas existem, em grande parte, graças à atuação da médica:
Movimentos LGBTQIA+ prestaram homenagens à médica e agradeceram por sua luta, compromisso e respeito com a causa. Nas redes sociais de Dária, amigos, colegas de profissão e pacientes lamentaram profundamente sua morte, destacando sua bondade, empatia e o impacto positivo que deixou na vida de muitas pessoas.
Na internet, a Associação de Travestis, Transsexuais e Transgêneros do Amazonas (Assotram) agradeceu pelos esforços realizados pela médica.
A Associação Brasileira Intersexo (Abrai) também prestou homenagem, destacando que Dária foi uma defensora das pessoas nascidas intersexo.
Uma pessoa intersexo é aquela que nasce com características sexuais que não se enquadram nas normas sociais e médicas de corpos exclusivamente masculinos ou femininos. Essas características podem ser genéticas, hormonais ou físicas.
A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) divulgou uma nota de pesar em homenagem à médica, enaltecendo o trabalho de Dária na rede pública estadual.
O velório e sepultamento da médica ocorreram no domingo, 13.
Por Ricardo Chaves.