As águas da Amazônia são reflexo da história da região: vastas, vitais, mas também ameaçadas. Para chamar atenção para a preservação dos recursos hídricos, a segunda Romaria das Águas sai do porto da Ceasa e segue até o Encontro das Águas, neste sábado, 22 de março, a partir das oito e meia da manhã, reunindo embarcações em um ato simbólico de defesa dos direitos humanos à água e ao saneamento.
O jesuíta e padre Sandoval, que integra a coordenação do Fórum das Águas, responsável pela organização da mobilização, argumenta que além da denúncia sobre a contaminação dos rios, a Romaria das Águas também enfatiza a necessidade de políticas públicas voltadas para o acesso universal à água potável e ao saneamento básico.
Outro ponto abordado pela manifestação é a importância de mudanças estruturais para garantir um modelo de desenvolvimento mais sustentável. O Fórum das Águas defende a implementação de políticas públicas que priorizem a preservação dos recursos naturais e garantam o acesso igualitário à água para toda a população.
Segundo o padre Sandoval, a Romaria das Águas deste ano também ganha relevância por anteceder a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em novembro, em Belém. Para ele, o evento representa uma oportunidade de levar a pauta da água para a comunidade internacional.
A expectativa é que a romaria reúna moradores de diversas comunidades, ambientalistas e representantes de organizações sociais, reforçando a necessidade de uma gestão sustentável dos recursos hídricos na região.
Por Vitória Freire.