Uma área equivalente a 6 mil campos de futebol foram destruídos pelo garimpo na Amazônia brasileira entre 2023 e 2024.
Um relatório inédito do Greenpeace Brasil revela que, no período, mais de 4 mil e 200 hectares de floresta tropical foram destruídos por garimpeiros nas Terras Indígenas Yanomami, Munduruku, Kayapó e Sararé.
No documento, a entidade destaca que a Agência Nacional de Mineração (ANM) tem falhado em controlar de maneira eficaz as lavras garimpeiras, abrindo brechas para que o ouro ilegal seja facilmente escoado.
E que a falta de eficiência da ANM na concessão e fiscalização das Permissões de Lavra Garimpeira acaba contribuindo para o avanço do garimpo em Terras Indígenas.
O Greenpeace alerta para discrepâncias nos dados do comércio de ouro entre Brasil e Suíça que indicam falta de transparência e possíveis irregularidades.
Segundo a organização, o país europeu registra ter importado significativamente mais ouro do que o Brasil exportou.
Em 2022, a Suíça importou 67% a mais de ouro do que o Brasil declarou ter exportado.
Em 2023, a diferença foi de 62%. Isso representa uma discrepância de aproximadamente 9,7 toneladas em 2022 e 8,7 toneladas em 2023.
O Greenpeace afirma que essas lacunas evidenciam a falta de transparência no comércio internacional de ouro e sugerem possíveis irregularidades no setor.
Da redação.