De olho nas eleições de 2026, lideranças de partidos de esquerda começaram a se movimentar no Amazonas. PT e PCdoB, que integram a federação com o PV, participaram do lançamento da pré-candidatura do senador Omar Aziz (PSD) ao governo estadual. A movimentação, para analistas, aponta que a esquerda no Amazonas ainda depende de figuras tradicionais e carece de renovação.
O ex-deputado federal Marcelo Ramos, que disputou a Prefeitura de Manaus em 2024, diz que pode disputar o Senado em 2026 para evitar que a bancada do Amazonas seja ocupada por “lacradores” preocupados em atacar o STF e ganhar likes na internet.
Candidato do PT a Prefeitura de Manaus em 2024, justificou a pré-candidatura com base em pesquisas internas que, segundo ele, apontam bom desempenho de seu nome:
Para Ramos, o PT tem peso político para reivindicar a vaga de vice na chapa de Omar Aziz ao governo, mas defende que a decisão depende da “simpatia” do senador:
PCdoB defende aliança da direita à esquerda no AM em 2026
Presente no evento de lançamento da pré-candidatura de Omar Aziz ao Governo do Amazonas, a presidente regional do PCdoB, Lúcia Antony, defendeu que a aliança com o senador representa uma “união de setores democráticos da direita a esquerda”.
Oficialmente a federação composta pelo PT, PCdoB e PV não definiu o apoio a Omar, no entanto, o “primeiro movimento” em torno do senador, de acordo com Lúcia, é parte de um esforço nacional para barrar, ao que chamou de “projeto de extrema-direita que ataca o Brasil e a Zona Franca de Manaus”:
Para o sociólogo e cientista político, Carlos Santiago, o quadro político revela que as legendas a esquerda tem uma dependência dos chamados “caciques” do estado, diferente dos partidos de direita que, segundo Santiago, tem “ousadia” ao revelar novas lideranças políticas:
A federação formada por PT, PCdoB e PV ainda não oficializou apoio a Omar Aziz. No entanto, a aliança é dada como sacramentada já que o senador é o principal aliado político do presidente Lula no Amazonas.
Por Ricardo Chaves.