A produção agrícola do Amazonas pode enfrentar dificuldades em 2025, mas as projeções sobre a safra de café divergem. Enquanto o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, estima uma queda de 28%, a Companhia Nacional de Abastecimento, Conab, aponta estabilidade.
O administrador especializado em gestão da informação no agronegócio, Thomaz Meirelles, explica que os levantamentos seguem metodologias distintas. O IBGE considera o ano civil, enquanto a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, avalia o ano-safra, o que pode justificar a diferença nos dados.
Após uma seca histórica, 23 municípios do Amazonas estão em alerta devido à cheia deste ano, sendo três em emergência. O Serviço Geológico do Brasil (SGB) indica que a inundação deve seguir dentro da normalidade na maior parte do estado, mas, na região sul, a Defesa Civil identificou Guajará, Humaitá e Boca do Acre como os mais impactados.
Nas últimas duas semanas, produtores rurais de Boca do Acre, no interior do Amazonas, têm enfrentado prejuízos significativos devido à cheia do Rio Purus, com mortes de animais e terras arrastadas. Embora o nível do rio tenha baixado 24 centímetros nas últimas 72 horas, os danos permanecem visíveis em comunidades rurais próximas.
Em Humaitá, município a 590 quilômetros de Manaus e também duramente impactado, a produção de café é a segunda maior do estado, com 75,6 toneladas, conforme dados de 2023 do Governo do Estado. A Secretaria de Estado da Produção Rural foi procurada para comentar sobre os prejuízos e as necessidades dos agricultores devido à cheia, mas ainda não houve retorno.
Diante das adversidades climáticas, Thomaz Meirelles aponta que o Amazonas há dois caminhos para ampliar a produção de alimentos no Amazonas:
À reportagem, o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam) informou que está monitorando os impactos.
Por Vitória Freire.