Reportagem: Liandre Coutinho.
A preservação da biodiversidade em áreas protegidas é uma estratégia importante para resistência aos fenômenos climáticos que impactam a Amazônia, segundo especialistas.
Recentemente, um levantamento realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) registrou a queda de 73% no desmatamento nessas zonas do bioma.
O resultado é a comparação entre 2023 e 2022, sendo que, no ano passado, cerca de 380 km² foram desmatados – o menor índice desde 2013.
As áreas protegidas são gerenciadas para garantir a conservação do meio ambiente a longo prazo, partindo de decisões que envolvem as esferas municipal, estadual e federal.
De acordo com informações do Imazon, um aspecto alarmante é que a degradação observada no ano passado pode estar relacionada à seca e às queimadas na região.
A diretora de estratégia do WWF-Brasil, Mariana Napolitano, explica que as áreas protegidas são fundamentais na adaptação aos fenômenos climáticos. (ouça)
As Unidades de Conservação (UCs), Áreas de Preservação Permanente (APPs) e terras de povos originários são exemplos de categorias de áreas protegidas.
Desde 2019, o desmatamento desses locais apresentou uma tendência de alta que se manteve até 2022.
O ambientalista Carlos Durigan reflete que a redução desses índices é um saldo positivo para todos. (ouça)
A variedade de áreas protegidas e a dificuldade no planejamento do uso da terra envolvem muitos interesses e conflitos.
Carlos Durigan cita alguns aspectos desse cenário. (ouça)
Segundo os ambientalistas, o desmatamento em áreas protegidas, ainda assim, está relacionado à devastação em áreas do entorno.
A derrubada da floresta está ligada a discursos e políticas que afetam os biomas do Brasil como um todo.
Além disso, todas as atividades humanas dependem dos recursos que estão no meio ambiente.
E os impactos disso no “futuro cenário climático” já são observados atualmente.