O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), negou que qualquer fornecedor da prefeitura tenha custeado sua viagem de férias ao Caribe durante o Carnaval. A declaração foi feita nesta quinta-feira, 27, durante uma coletiva de imprensa.
Almeida afirmou que arcou com os custos da viagem com recursos próprios e que entregará a “todos que queiram” a comprovação dos gastos:
O Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) determinou que o prefeito preste esclarecimentos formais sobre os gastos da viagem.
O relator do caso, conselheiro Érico Desterro, estabeleceu que a Prefeitura de Manaus se manifeste no prazo de cinco dias úteis, apresentando documentos e comprovações sobre as despesas da viagem e possíveis vínculos com empresas ligadas à administração municipal.
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) também investiga se houve uso de dinheiro público para custear a viagem. Entre os pontos questionados na investigação do MPAM e de outros órgãos estão:
A viagem foi paga com dinheiro público?
Empresários com contratos na prefeitura custearam as despesas?
O que foi pago durante a viagem?
As despesas incluem: aluguel de residência, deslocamento em jatinho particular, festas privadas com bebidas de alto valor e outros benefícios.
A viagem do prefeito David Almeida se tornou alvo de investigação após a divulgação de imagens da primeira-dama, Izabelle Fontenelle, comemorando seu aniversário em um clube de praia de luxo, acompanhada por uma animadora que segurava uma garrafa de champanhe de marca sofisticada.
Após a divulgação das imagens, vereadores da oposição em Manaus e um deputado federal protocolaram um pedido de investigação contra o prefeito.
O afastamento de David Almeida durante o Carnaval seguiu o procedimento legal. Em nota enviada à época, a Prefeitura de Manaus informou que a viagem foi de caráter pessoal e custeada de forma particular.
A primeira-dama se manifestou por meio de um texto publicado em seu perfil no Instagram no dia 9 de março. Em sua declaração, Izabelle Fontenelle afirmou que tem enfrentado ataques distorcidos e julgamentos motivados por interesses econômicos e políticos.