Preço da cesta básica aumenta 5% em Manaus puxado pela alta do café, óleo, suíno e frango

Por Cindy Lopes

 

Fazer as compras do mês está saindo mais caro para as famílias manauaras.

Isso porque o custo médio da cesta básica na capital amazonense teve uma variação de 5% em seis meses, saindo de 778 reais, em julho de 2024, para 816 reais e 77 centavos, em dezembro.

A informação faz parte do levantamento feito neste mês pela plataforma Cesta de Consumo NEOGRID & FGV IBRE que analisa, mensalmente, oito capitais brasileiras.

Os produtos da cesta básica que mais subiram de preço nos últimos 6 meses foram: suíno, com um aumento de 58%; o café em pó, 21%; óleo de soja, 18%; e o frango, com uma alta de 9,6%.

A alta no preço dos alimentos faz com que as pessoas mudem de comportamento na hora de ir ao mercado.

A professora Tainá Batista diz que com a elevação de preços, precisou substituir alimentos e produtos do dia-a-dia ou até mesmo cortar o consumo.

 

A industriária Eunice Silva conta que comprava um pacote de café por 9,99, mas em menos de um mês, o valor subiu para 14,90.

 

Conforme o Busca Preços da Sefaz – Secretaria de Estado da Fazenda do Amazonas, o preço do pacote de café de 250g de duas marcas bastante consumidas está custando, em média, 15 reais.

Em alguns locais, o preço do produto chega a 18 reais.

Pesquisas apontam que, diante do aumento nos preços, o consumidor passou a fracionar a compra, é o que destaca o professor de economia da FGV, Pierre Souza:

 

De novembro para dezembro, a cesta básica em Manaus teve uma alta de 4,9%, sendo o segundo o maior aumento entre as capitais analisadas. A cidade ficou atrás apenas de Brasília, que registrou uma elevação de 6,5%.

Para a economista Denise Kassama, Manaus apresenta desafios específicos que contribuem para o aumento dos preços:

 

O presidente Luíz Inácio Lula da Silva informou que nos próximos dias vai se reunir com representantes do setor alimentício para tentar reduzir o preço dos alimentos no Brasil, de acordo com o poder de compra da população.

 

Outra proposta que é analisada pelo governo é mudar os cartões alimentação e refeição, e a ideia do Ministério da Fazenda é reduzir substancialmente a taxa cobrada pelas administradoras.

No entanto, a Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), que representa as principais empresas de vales-alimentação e refeição do país, afirma que a regulamentação da portabilidade dos vales-alimentação e refeição, na forma como vem sendo sugerida ao governo federal, não reduzirá os preços dos alimentos e tampouco a inflação, mas que implicará mais custos aos operadores do setor e, consequentemente, refletirá nos preços dos alimentos pagos pelos trabalhadores nos estabelecimentos comerciais.

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