Reportagem: Eros de Sousa
Um algoritmo que pode projetar o futuro da vegetação na Amazônia é desenvolvido pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O algoritmo foi apelidado de CAETÊ, que na língua tupi-guarani significa “mata virgem”. Ele simula fenômenos da natureza com equações matemáticas, alimentadas por dados de condições ambientais, como chuva, incidência solar e níveis de gás carbônico (CO2) na atmosfera.
Essas simulações permitem chegar à quantidade de carbono que a floresta pode armazenar e em qual ponto a vegetação nativa não se recupera mais, o chamado ponto de inflexão.
A primeira autora do artigo, Bianca Fazio Rius, explicou que o algoritmo ajudará a entender o funcionamento da vegetação na Amazônia e a relação dela com as mudanças climáticas. (Ouça)
A pesquisadora também explicou que o estudo ajuda a entender os prejuízos às comunidades que vivem na floresta amazônica em caso de perda da vegetação. (Ouça)
Como reflexo do desmatamento, da degradação vegetal e do aquecimento global, a floresta a capacidade de absorver CO2.
Esses tipos de algoritmos ajudam na projeção da vegetação da floresta amazônica sob condições climáticas pensadas para o futuro, analisando a absorção de CO2 da atmosfera.
É nesse sentido que o estudo adquire ainda amais importância.
O Brasil assumiu durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26) o compromisso de reduzir em 50% as emissões de carbono do país até 2030 e zerar o desmatamento até 2050.