Peixes em seis estados da Amazônia apresentam contaminação por mercúrio acima do limite da OMS

Os peixes consumidos em seis estados da Amazônia estão contaminados por mercúrio, com concentração acima do limite estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Amazonas, há cidades em que 50% dos peixes coletados apresentaram níveis de mercúrio acima do considerado seguro, como é o caso de Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira.

O dado é de uma pesquisa pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com ONGs ambientais, divulgada nesta terça-feira, 30.

Em Roraima, 40% dos peixes coletados na capital Boa Vista possuem índices de mercúrio superior ao limite recomendado.

No Acre, o índice é de 35,9%.

Os menores indicadores estão no Pará, com 15,8%, e no Amapá, com 11,4%.

A situação mais crítica foi encontrada em Rio Branco, no Acre, onde o potencial ingestão de mercúrio ultrapassou de 6,9 a 31,5 vezes a dose de referência indicada pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) do governo norteamericano (0,1 µg/kg pc/dia).

As mulheres em idade fértil – público mais vulnerável aos efeitos do mercúrio – estariam ingerindo até nove vezes mais mercúrio do que a dose preconizada; enquanto crianças de 2 a 4 anos até 31 vezes mais do que o aconselhado.

O levantamento foi realizado de março de 2021 a setembro de 2022 nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.

As amostras foram coletadas nos municípios de Altamira (PA), Belém (PA), Boa Vista (RR), Humaitá (AM), Itaituba (PA), Macapá (AP), Manaus (AM), Maraã (AM), Oiapoque (AP), Oriximiná (PA), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Santa Isabel do Rio Negro (AM), Santarém (PA), São Félix do Xingu (PA), São Gabriel da Cachoeira (AM) e Tefé (AM).

Foram avaliados 1.010 exemplares de peixes, de 80 espécies distintas, comprados em mercados, feiras e diretamente de pescadores, simulando o dia a dia dos consumidores locais.

Da redação.

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