Na manhã deste sábado (27/11), a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio das equipes da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD), deflagrou a Operação Blockchain Fake com o intuito de cumprir mandados de busca e apreensão e desarticular uma organização criminosa que atua com esquemas financeiros envolvendo criptomoedas de Bitcoin. O prejuízo causado pelo grupo está avaliado em aproximadamente R$ 100 milhões. A ação ocorreu em zonas distintas da capital amazonense.
Durante coletiva de imprensa realizada na sede da DERFD, no bairro Alvorada, zona centro-oeste, o delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Tarson Yuri Soares, destacou o trabalho realizado pelas equipes policiais, que cumpriram oito mandados de busca e apreensão em zonas distintas de Manaus, e apreenderam diversos objetos da organização criminosa.
“O trabalho da Polícia Civil é esse, de atuar no combate a esses criminosos e levar mais segurança e proteção para a nossa população amazonense”, enfatizou o delegado-geral adjunto.
O delegado Denis Pinho, titular da DERFD, que coordenou a ação, relatou que as investigações em torno do grupo criminoso iniciaram há cerca de cinco meses. No decorrer da investigação, os policiais descobriram que eles lavavam dinheiro com lojas de veículos importados e simulavam as compras dos carros de luxo.
“Percebemos que eles utilizavam essa manobra, mas nenhum desses automóveis eram colocados no nome deles. Foi uma investigação complexa, pois trata-se de uma matéria nova, em que eles se passavam por investidores de criptomoedas, inclusive utilizando uma rede segura com criptografia para transitar os dados. Os criminosos pegavam o dinheiro das vítimas com a promessa de que o valor cresceria cerca de 10% ao mês, porém, as deixavam no prejuízo”, detalhou o delegado.
Apreensão em Manaus
Foram apreendidos cinco veículos de luxo, avaliados em R$ 6 milhões. Também foram apreendidos notebooks, pendrives, computadores, documentos diversos, caderneta de anotações e dinheiro em dólar e euro. O titular da DERFD destacou que as investigações em torno do caso devem continuar.
Da redação