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Rosiene Carvalho l Omar acusa Arthur de mandar esconder cadáver de engenheiro assassinado e MP-AM de não investigar

O senador Omar Aziz (PSD) declarou, na manhã desta quinta-feira (31) que

por Clara Toledo Serafini

Omar acusa Arthur de mandar esconder cadáver de engenheiro assassinado e MP-AM de não investigar

Por: Rosiene Carvalho (rosiene.blog.br)

O senador Omar Aziz (PSD) declarou, na manhã desta quinta-feira (31) que o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto (PSDB) mandou esconder o cadáver do engenheiro Flávio Rodrigues e nunca foi ouvido ou investigado pelo MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas). O engenheiro foi torturado e assassinado em setembro de 2019 após participar de uma festa regada a álcool e cocaína na casa do enteado do ex-prefeito Alejandro Valeiko.

(Foto: Rosiene Carvalho)

A declaração de Omar Aziz ocorreu após o senador ser questionado se iria comentar as acusações do pré-candidato ao Senado tucano que acusou, na quinta-feira passada, dia 25, o procurador-geral de Justiça, Alberto Nascimento Júnior, de ser “moleque de recado de senador e governador corruptos”. Arthur se referia a Omar Aziz e ao governador do Amazonas, Wilson Lima (PSD).

“Quem tem que responder a ele é quem foi chamado disso. Se eu tivesse ingerência no MP, eu queria ter aprofundado uma investigação sobre a morte do engenheiro Flávio, que o prefeito (Arthur Virgílio) mandou esconder o corpo e nem ouvido ele foi”, declarou.

A morte de Flávio causou grande comoção por parte dos amigos dele e um abalo á imagem de Arthur Virgílio, no final do mandato. Um funcionário da segurança de Arthur Virgílio confessou participação no crime e usou um carro da prefeitura para cometer o assassinato. Horas após o homicídio, Arthur Virgílio apresentou a versão que o engenheiro tinha dívidas e foi morto por traficantes. Na mesma ocasião, Arthur pediu ponto final nas suspeitas. A versão do ex-prefeito foi desmentida posteriormente pela investigação.

A estrutura da gestão de Arthur Virgílio na cena do crime só passou a ser investigada pelo MP-AM um ano depois do homicídio e uma semana após matéria do site UOL destacar a omissão do órgão na investigação sobre um carro e um funcionário da prefeitura estarem envolvidos no assassinato do engenheiro.
Arthur Virgílio nega as acusações sobre a família. Ao final da investigação, o MP-AM envolveu Alejadro entre os acusados por omissão e não por execução do assassinato. O juiz do Tribunal do Júri, Celso de Paulo, em setença, decidiu não levar Alejandro ao júri popular sustentando que o MP não apresentou elementos suficientes contra ele. Essa decisão foi tomada no ano passado.

Chumbo trocado

Na semana passada, ao lançar sua pré-candidatura ao Senado, Arthur Virgílio se disse perseguido pelas forças políticas do estado que infuenciam “até instituições” e seus membros contra adversários políticos. Arthur, ao se referir ao procurador-geral de Justiça, Alberto Rodrigues Nascimento Júnior, disse não ter medo das relações de amizade dele com “ministros” e defendeu que o procurador tenha prerrogativas cassadas porque “diminui a instiuição”. O procurador-geral de Justiça e a assessoria de comunicação do MP-AM não responderam às solicitações de resposta sobre as acusações do tucano.
Arthur também disparou contra adversários e disse que não quer se aliar a quem anda em “Maus Caminhos” e com quem mata pessoas sem oxigênio e por asfixia.

“Quem tem medo se esconde”

Omar afirmou que quem tem medo se esconde e voltou a dizer que não ia bater boca com os que começaram a campanha acusando a ele. Disse que nunca foi denunciado e que não responde a nem um processo referente á operação Maus Caminhos. No discurso, listou obras e programas dos quatro anos que governou o Amazonas e fez uma ironia em relação aos últimos oito anos de mandato de Arthur Virgílio.

“Chega um honestão aí, cheio de bam, bam, bam, fez dois viadutos que estão caindo tudo. Dois viadutos e uma pingela. Parece com o presidente (Bolsonaro) que foi inaugurar lá em São Gabriel uma ponte de dez metros. Maior obra que ele inaugurou no Estado do Amazonas, de madeira. Esses honestos que ficam berrando fazem isso porque eles não têm condições de fazer o que estou fazendo. Eu fiz programas sociais, o maior programa de Segurança Pública do Estado do Amazonas foi feito por Omar Aziz, o maior plano de cargos e carreiras para policiais militares, todos professores tinham data-base e promoção, escolas de tempo integral”.

E acrescentou: “Não foi em dez anos, não. Foi em apenas quatro anos. Não vou perder tempo com quem não produz”

Sem citar nomes, Omar acusou o pré-candidato ao Senado Alfredo Menezes (PL) de ser subserviente e prejudicar a população do Amazonas ao se referir aos áudios vazados, com autenticidade confirmada pelo coronel, em que o militar afirma interferir nas decisões administrativas do Planalto para prejudicar opositores políticos. Menezes não tem cargo no Governo Federal.

“Um cidadão que mora aqui disse que ia boicotar o prefeito de Manaus. Veja bem, ele não está preocupado. O David não está sendo boicotado, não. Quem está sendo boicotado são vocês que moram aqui”.

“Teve muita gente que é lobo vestido em pele de cordeiro achando que vai passar para vocês uma impressão. Teve gente que defendeu o decreto e depois estava lá do lado do presidente, dizendo que o presidente ia desfazer o decreto. São pessoas subservientes que dançam conforme a música e aqui não tem ninguém subserviente. Nosso compromisso não é com pessoas, nosso compromisso é com instituições e com a população”, declarou.

Apoios e candidatos

Na entrevista, Omar declarou que o candidato dele á presidência é Lula e que, ao Governo do Amazonas, seria preciso ouvir a base para decidir.

Memória Boca Ratón

A família do pré-candidato a senador foi alvo de uma operação por parte do MP-AM no último mês dos oito anos de mandato. No dia 18 de dezembro de 2020, o MP-AM deflagrou em Manaus a operação Boca Ratón, que teve como alvo a enteada de Virgílio, o marido dela e a esposa do tucano, a ex-primeira-dama Elisabeth Valeiko. Foram cumpridos, na ocasião, 20 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de buscas pessoais em endereços residenciais e comerciais ligados à família. A operação investiga corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Arthur Virgílio e a família negam a acusação e alegam perseguição política, no caso.

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