O Amazonas é o segundo estado com o maior número de mortes de imigrantes. De 2011 à 2019, 666 pessoas morreram. O estado só perde para o Pará que teve 855 óbitos.
O número de mortes de imigrantes do sexo masculino é o maior com 466 casos, no Amazonas. As causas das mortes não foram divulgadas na Pesquisa do IBGE sobre as Estatísticas do Registro Civil.
A ânsia de ver os filhos com o mínimo de condições de vida é o que move muitos a procurarem outros países.
Em contrapartida, mais de 2.638 crianças, de pais que vieram de outros países, nasceram no Amazonas entre 2011 a 2019. Perdendo apenas para o estado de Roraima que teve mais de cinco mil crianças.
As crianças representam metade do número total dos imigrantes e também são as mais vulneráveis, segundo a Acnur.
Nos últimos anos cerca de 30 mil venezuelanos ingressaram no Brasil por Roraima, segundo estimativa do governo estadual.
O estado é porta de entrada para as pessoas que buscam refúgio no país.
Êxodo Venezuelano
A ONU contabiliza atualmente 5,4 milhões de emigrantes e refugiados venezuelanos no mundo, dos quais menos da metade possui documentos.
Em seu balanço de 2020, o grupo de trabalho da OEA destaca que a pandemia mudou a dinâmica da emigração e obrigou muitas pessoas a retornarem à Venezuela, por terem perdido suas condições de vida ou devido ao medo gerado pela Covid-19.
Segundo um estudo, mais de 140 mil venezuelanos voltaram para casa, 134 mil a partir da Colômbia e cerca de 8 mil, do Brasil. Ao retornarem, muitos foram “estigmatizados e criminalizados” e sofreram “tratamentos cruéis e degradantes” por parte do governo Maduro, que não é reconhecido por mais de 50 países.
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Reportagem: Tawanne Costa
Foto: Reprodução