Motoboy é agredido em condomínio de Manaus e caso levanta debate sobre segurança dos entregadores

 

A rotina de trabalho do motoboy Édipo Assis terminou em agressão física durante uma entrega em condomínio fechado, em Manaus. O entregador conta que foi insultado e empurrado após se recusar a subir até o apartamento do cliente, o que gerou uma confusão generalizada no local.

O caso reacende o debate sobre a violência contra entregadores de aplicativo, um problema crescente em todo o país. Só em março do ano passado, o iFood recebeu mais de 13 mil denúncias de violência contra trabalhadores da plataforma.

Édipo relata que esperava na portaria sob forte chuva quando foi surpreendido por acusações e gritos.

O episódio aconteceu na semana passada e foi registrado na décima Companhia Interativa Comunitária.

O episódio acendeu um alerta sobre os riscos enfrentados por entregadores no dia a dia. Para o especialista em Direito Criminal, Gabriel Joia, casos como esse precisam ser denunciados para garantir justiça e evitar a repetição:

Ele reforça que evitar confronto direto com o agressor é essencial, e que o apoio de um advogado ou da Defensoria Pública pode ajudar a conduzir o caso com segurança.

A Lei nº 555 de 2023, promulgada pela Câmara Municipal de Manaus, estabelece que entregadores não são obrigados a acessar áreas comuns em condomínios. A entrega deve ser feita na portaria, salvo em situações como pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

A medida tenta evitar justamente situações de risco como a vivida por Édipo. Mesmo diante da violência, ele decidiu seguir trabalhando. Mas, espera que, dessa vez, a denúncia sirva de exemplo — e que o respeito prevaleça.

Por Vitória Freire.

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