Buscando avaliar a resistência do Aedes aegypti aos inseticidas utilizados para o combate às arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS) realiza nesta semana a instalação e coleta de armadilhas para o mosquito.
A intenção é atrair as fêmeas do inseto que estejam no ambiente para a armadilha. No equipamento, as fêmeas vão colocar os ovos que serão utilizados para a pesquisa.
A diretora-presidente da FVS, Tatyana Amorim explica a importância da ação. (ouça)
Os técnicos das instituições se dividiram por zonas geográficas da capital para realizar a implantação. A iniciativa ocorre por determinação do Ministério da Saúde e acontece em todo país.
No Amazonas, os municípios selecionados para realizar as instalações foram Manaus, São Gabriel da Cachoeira e Tabatinga. Tatyana Amorim destaca que o controle vetorial é o principal meio para frear as doenças. (ouça)
Só entre janeiro e maio de 2021, Manaus notificou mais de 3.800 casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, o que representa um aumento de 215% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram notificados 1.210 casos.
As amostras coletadas serão enviadas para a Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro (Fiocruz/RJ), onde será realizada a análise de resistência.
Caso seja comprovada, é feita uma substituição do produto, para que não haja desperdício com materiais ineficazes.
Reportagem: João Felipe Serrão
Foto: Fiocruz