Um militar do Exército Brasileiro foi preso durante a Operação Jurupari, da Polícia Federal, que apura o envolvimento de militares de alta patente com garimpo ilegal na Amazônia. Segundo a PF, o suspeito recebia dinheiro para repassar informações privilegiadas a criminosos sobre operações na região.
A PF cumpriu nesta terça-feira três mandados de prisão, além de oito de busca e apreensão nos estados do Amazonas, Rodônia e Paraná. As investigações são em torno de uma quadrilha que atua no garimpo ilegal na região do município amazonense de Japurá. O delegado Adriano Sombra explica que o militar preso em Manaus vazava aos criminosos informações privilegiadas de operações de combate ao garimpo ilegal na Amazônia.
Segundo as investigações, o militar usava a própria esposa e uma empresa para facilitar transações ilegais de ouro. A mulher está foragida e as buscas continuam.
Operação Jurupari
As investigações começaram em 2020 na cidade rondonense de Ji-Paraná, com a prisão de um empresário que transportava ouro ilegal. Cinco dias depois ele foi solto e assassinado.
A partir da apreensão do celular do investigado, a PF apurou a existência de uma quadrilha que atuava no município amazonense de Japurá. É o que explica o delegado da Polícia Federal Adriano Sombra.
De acordo com a PF foram encontrados indícios de uma extensa rede de exploração ilegal de garimpo que envolve ações de criminosos em outros três estados.
Da redação