Mesmo com renúncias fiscais federais e estaduais, a indústria no Amazonas não foi o setor que mais empregou no estado.
Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged, até abril de 2025, o setor que mais contratou no Amazonas foi o de serviços.
No acumulado dos quatro meses, a indústria registrou mais de 20 mil (20.373) contratações, enquanto serviços teve quase 52 mil contratações (51.993) e o comércio quase 26 mil.
Mensalmente, o setor de serviços registrou quase 257 mil empregados formais (256.856). A indústria 142 mil (142.426) e o comércio quase 128 mil (127.833).
Nos outros seis estados da região Norte que não têm o setor industrial incentivado por renúncia fiscal, o setor de serviços teve mais de 185 mil admissões, o comércio quase 124 mil (123.787). A indústria registrou aproximadamente 60 mil (59.972).
A economista Denise Kassama avalia que os empregos nas indústrias são mais estáveis do que em outros setores. Para ela, as contratações na indústria vão aumentar no segundo semestre.
Em comparação com o mesmo período do ano passado, as contratações em todos os setores cresceram 16,59% em 2025 no Amazonas.
O ano passado fechou com serviços acumulando 141 mil (141.546) admissões contra 52 mil (52.699) da indústria.
Ambos tiveram saldo positivo de vagas, ou seja, contrataram mais que demitiram.
O superintendente da Zona Franca de Manaus, Bosco Saraiva, afirmou que a cadeia de produção da indústria influencia contratações no comércio e no setor de serviço.
Em 2024, o governo do Amazonas renunciou mais de R$ 20 bilhões em impostos. 83% desta renúncia é para incentivar o polo de duas rodas da Zona Franca de Manaus.
Por Jefferson Ramos.