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Membros de CPIs suspensas pela Justiça rebatem alegações e CMM diz que vai recorrer da decisão

Vereadores aprovam aumento salarial de 15% para comissionados da Prefeitura de Manaus

 

Por Ricardo Chaves

A Justiça do Amazonas suspendeu as duas Comissões Parlamentares de Inquérito abertas na semana passada pela Câmara Municipal de Manaus (CMM) para investigar denúncias contra o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante).

A decisão tomada em caráter provisório pelo desembargador Flávio Pascarelli na tarde desta segunda-feira, 23. Pascarelli atendeu pedido do vereador Eduardo Assis (Avante), que integra a base de apoio do prefeito na CMM.

O vereador alegou falta de representação proporcional na composição das comissões, regra prevista na Constituição Federal e no Regimento Interno da CMM.

Na decisão, Pascarelli disse que “as CPIs foram construídas ao arrepio do que disciplina o ordenamento jurídico” e com isso “tem-se por evidenciado a suscitada ofensa ao devido processo legal”.

Ele argumenta ainda na decisão, que as comissões foram formadas desconsiderando a representatividade proporcional dos partidos na Câmara.

O vereador Eduardo Assis também questionou na Justiça o motivo do partido Progressistas ter sido beneficiado com duas vagas na CPI dos Contratos e o Avante, que tem cinco vereadores na Casa Legislativa, apenas uma vaga.

Assis também questionou porque o Cidadania, que tem um vereador, teve direito a uma vaga na CPI da Semcom e o partido Agir que tem três, nenhuma vaga.

Um dos pontos argumentados pelo vereador Eduardo Assis e acolhido por Pascarelli foi o número de membros das duas CPIs ser composto por 5 membros, diferente da cpi das águas ano passado, que constituiu 7 (sete) membros.

Sobre isso, William Alemão, declarou que o número de cinco membros foi negociado no colégio de líderes:

 

Em coletiva de imprensa ainda na segunda-feira, 23, os vereadores que integram a CPI da Semcom, negaram as afirmações de uso político eleitoreiro da CPI.

O presidente da então CPI da Semcom, William Alemão (Cidadania) disse que só foi possível dar prosseguimento agora aos trabalhos das CPIs, devido os líderes de partidos que integram a base do prefeito de Manaus demorarem para indicar membros às duas CPIs:

 

Com a suspensão, a CMM deverá aguardar uma decisão final sobre o caso antes de dar continuidade aos procedimentos de instauração das comissões.

Procurada pela Bandnews Difusora FM, a CMM informou que a Casa Legislativa se manifestará em juízo, dentro de todos os prazos e passos legais existentes, e espera que a decisão seja revogada.

A nota diz ainda que a Procuradoria da Casa vai esclarecer ao desembargador que o trâmite para a abertura das CPIs foi feito dentro da legalidade, respeitando os devidos processos.

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