Reportagem: Mauricio Max
O recente dado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, evidencia o quanto a população de pessoas com deficiência no Amazonas enfrenta vasta dificuldade em diversos setores de desenvolvimento.
A informalidade, analfabetismo e falta de infraestrutura atingem em cheio quem sofre esse público, de acordo com a publicação Pessoas com deficiência e as desigualdades sociais no Brasil.
Nesta semana, 21 de setembro é marcado como o dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. As cenas de falta de rampas, condições precárias para pegar o ônibus e até simples banheiros são comuns na rotina de quem tem limitações.
De acordo com o IBGE, uma taxa de 36% dos PCDs tem participação no mercado de trabalho, enquanto 63% de pessoas sem tal condição estão empregadas. As diferenças também estão na educação. 24% da população com deficiência, um universo de 232 mil pessoas com 10 anos ou mais, é analfabeta, enquanto a apenas 5% do grupo sem nenhuma deficiência não sabe ler.
Nesta semana, o Fórum de 1° Fórum Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência ocorreu em Manaus. Na abertura do evento, presidente do Conselho Municipal dos Direitos dos PCDs, Neyrimar Furukawa Barreto, afirma que a discussão em torno do tema dá a oportunidade de conhecer ainda mais os anseios desses grupos. (Ouça)
Ainda de acordo com a pesquisa do IBGE, a proporção de escolas dos anos iniciais do ensino fundamental com infraestrutura adaptada para alunos com deficiência atingiu 20,7%, em 2019, no Amazonas.
O supervisor de disseminação de informações do IBGE, Adjalma Jaques, afirma que no Amazonas, ainda há uma baixa proporção de políticas de promoção social para PCDs. (Ouça)
Desde 2005, o Brasil tem no calendário oficial o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A data é destinada ao ato de maior inclusão dessa parcela da população em diferentes aspectos, como na educação, no mercado de trabalho, na acessibilidade a todos os espaços na cidade.