Homem que invadiu sinagoga em Manaus e fez alusão ao nazismo é ex-servidor de universidade

O homem preso em Manaus por invadir uma sinagoga, fazer alusão ao nazismo e simular atos sexuais com crianças, é ex-servidor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e foi suspenso do cargo em 2017 por “comportamento paranóico e hostil e diagnóstico de esquizofrenia”.

André Elias Almeida Soares, de 39 anos, é bacharel em engenharia da computação e foi preso nesta quarta-feira (09) pela Polícia Civil do Amazonas.

Conforme consta em um processo de 2019, André Elias entrou com uma ação contra a UEA alegando que foi impedido de entrar na instituição em 2017 e que foi suspenso sem notificação prévia de processo administrativo. Ele pedia anulação da suspensão e retorno ao trabalho.

Na época, o juiz Leoney Figliuolo Harraquian rejeitou o pedido considerando que a suspensão do então servidor decorreu da necessidade de proteger a segurança de colegas e da comunidade acadêmica.

A decisão considerou os registros de comportamento paranoico e hostil por parte de André Elias; diagnóstico de esquizofrenia; envio de e-mails ameaçadores com conteúdo religioso e místico, chamando colegas de “ímpio” e “besta”; conflitos frequentes com a administração por motivos diversos.

Em publicação no Diário Oficial Eletrônico do Tribunal de Contas do Amazonas, edição de 13 de setembro de 2023, consta que André Elias Almeida Soares foi aposentado pela UEA por invalidez.

O CASO

André Elias invadiu uma sinagoga na última segunda-feira (07) e pregou textos alusivos à suástica nazista, em um contexto de crime de ódio.

O mandado de prisão preventiva foi cumprido pela Polícia Civil em um flutuante localizado no bairro Tarumã, zona oeste de Manaus, onde o homem morava.

Nos documentos deixados pelo infrator na sinagoga, foram encontrados links para acessar arquivos de fotos de montagens de simulação de atos sexuais com crianças – filhos de autoridades políticas e religiosas – além de demais vídeos com ameaças a diversas autoridades.

Segundo o delegado do 24° DIP, Marcelo Martins, o homem já vinha realizando uma escalada de ações violentas não apenas contra a comunidade judaica, mas também em diversos outros locais, como a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em março deste ano.

 

De acordo com a polícia, André Elias tinha diversos Boletins de Ocorrência em nome dele e era considerado de alta periculosidade. Por esse motivo, a Embaixada dos Estados Unidos solicitou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) para acompanhar as diligências policiais.

 

André Luiz deve responder pelos crimes de racismo (discriminação religiosa) e simulação de criança em cena de sexo explícito.

Por Cindy Lopes.

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