Reportagem: Jefferson Ramos.
O Grito dos Excluídos, mobilização social da Igreja Católica do Brasil, exigiu ontem em Manaus a melhoria da saúde pública no Amazonas, criticou a tentativa de privatização da assistência em saúde e chamou atenção para o voto consciente.
Nacionalmente, o evento é realizado no dia 7 de Setembro. A Arquidiocese de Manaus antecipou a realização para esta quinta-feira, dia 5, feriado que marca a elevação do Amazonas à categoria de província.
Neste ano, o movimento tem a temática “Todas formas de vida importam. Mas quem se importa?”. A organização ainda pretende focar na falta de medicação essencial; filas de espera para consultas ou procedimentos, entre outras demandas.
O padre jesuíta Adriano Hahn pediu que o Sistema Único de Saúde (SUS) receba mais investimentos para que ele permaneça público. Ele lembrou que a maioria da população brasileira depende do sistema e que privatizá-lo iria drenar a renda da população. (Ouça)
O organizador do Grito dos Excluídos em Manaus, padre Alcimar Araújo, afirmou que o eleitor deve analisar as propostas dos candidatos a vereador e prefeito e pediu para que o voto não seja definido por critério de amizade ou proximidade. (Ouça)
O bispo auxiliar de Manaus, dom Hudson Ribeiro, afirmou que o Grito dos Excluídos ajuda a fortalecer a luta pela defesa da democracia e da saúde pública. Dom Hudson recordou que a saúde é um direito de todos e dever do estado. (Ouça)
Povos indígenas de variadas etnias de Manaus, membros de movimentos sociais ligados à luta pela terra e moradia participaram do ato que percorreu o Centro da capital amazonense. Os indígenas pediram o fim do marco temporal. Candidatos a vereadores por partidos de esquerda também marcaram presença.
A Arquidiocese de Manaus aproveitou a mobilização e circulou um abaixo assinado durante a manifestação que será encaminhado ao Ministério Público do Amazonas e ao Ministério Público Federal.