Garimpo ilegal na Amazônia tem apoio financeiro de facções do sudeste do país, denuncia Greenpeace

Reportagem: Tawanne Costa.

O garimpo ilegal na Amazônia está sendo financiado por facções criminosas do sudeste do país.

A denúncia feita à BandNews Difusora é do porta-voz do Greenpeace Brasil, Jorge Dantas.

A instituição não governamental aponta a geração de renda facilitada e falta de fiscalização rigorosa, como fatores do avanço do garimpo.

Alvo da exploração ilegal, a região do rio Madeira entre os municípios de Novo Aripuanã e Humaitá estão no foco da atividade garimpeira pela busca do ouro.(Ouça)

Mais de mil E duzentas balsas e dragas usadas no garimpo ilegal foram destruídas no Amazonas entre 2023 e 2024.

Os dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA, apontam que desse total, 800 foram no rio Madeira.

Segundo o superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo, mesmo com o baixo quantitativo de agentes, o órgão segue com as operações em Áreas Protegidas como Terras Indígenas e Unidades de Conservação Federais.(Ouça)

As balsas garimpeiras são usadas para dragar o leito dos rios em busca de ouro.

Na Amazônia, nesse tipo de extração, as balsas são equipadas com bombas, mangueiras, mergulhadores e tambores de concentração.

O mercúrio é usado para iniciar a aglutinação química do “pó de ouro”. No entanto, essa prática tem consequências para o meio ambiente e representa uma ameaça à saúde.

Um dos principais problemas é a contaminação dos rios e dos peixes consumidos por indígenas que vivem na região.

O cacique da Associação Indígena Xorumaua de Barcelos, Batista Chimauteria, relata os impactos:(Ouça)

O Ibama aponta que além do Madeira, as regiões do rio Jutaí, Vale do Javari, rio Japurá-Juami, Puruê e Puretê estão sob ameaça do garimpo.

O órgão também já retirou de circulação, em 2024, 190 quilos de mercúrio e evitou o transporte de combustíveis usados para funcionamento das dragas.(Ouça)

Órgãos como ICMBio, Polícia Federal, CENSIPAM também atuam nas fiscalizações dessas regiões em que o garimpo ocorre.

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