Por Tawanne Costa
Efeitos da estiagem severa afetam municípios do Amazonas há mais de 1 ano. É o que aponta monitoramento das Condições de Seca no Brasil.
O estudo revela que, mesmo com a subida dos rios, algumas cidades ainda não conseguiram se recuperar e seguem enfrentando dificuldades na produção agrícola, locomoção e economia.
Situado na margem direita do rio, o município de Santa Isabel do Rio Negro é apontado como o mais prejudicado por esses efeitos.
Segundo a chefe do monitoramento, Ana Paula Cunha, a situação pode durar mais 6 meses.
Mesmo com a chegada do inverno amazônico, período em que o volume de chuvas aumenta, os rios da região ainda se encontram abaixo da faixa de normalidade.
O Rio Negro, por exemplo, chegou a atingir 12,11 metros, o menor nível já registrado em mais de 120 anos de medição.
A previsão é de que a partir de março o rio comece a registrar o nível dentro da média.
A informação é da pesquisadora do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais – CEMADEN, Adriana Cuartas.
Outra preocupação do estudo é em relação aos alertas de desastres naturais.
Manaus aparece liderando o ranking de municípios do país com maior número de ocorrências, segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos – CPTEC.
É o que explica o tecnologista e especialista que acompanha as previsões, Rafael Luiz.
O estudo também aponta que o Amazonas tem o maior território indígena afetado com a estiagem.
São Gabriel da Cachoeira encontra-se no grau considerado com moderado a severo na classificação de seca.