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Especial Saneamento: o presente e o futuro das periferias de Manaus – Parte II

 

Reportagem: Mauricio Max

Parte 2: As vozes da realidade

 

Saneamento básico! 51 anos se passaram morando na comunidade do Mossoró e o pastor Jorge Pessoa nunca viveu a realidade de ter um serviço adequado:

Pastor Jorge Pessoa, na comunidade do Mossoró, na zona Sul de Manaus.

 

A comunidade do Mossoró é conhecida por dezenas de casas às margens de um igarapé e diversos becos, pontes e vielas que cortam as divisas dos bairros São Francisco e Petrópolis, na zona Sul de Manaus. No local, além da ausência de esgotamento regular, a coleta de lixo não chega.

Com maioria das casas atendidas por fossas, o cenário oferece riscos à integridade física e à saúde de quem vive ali, segundo Jorge Pessoa:

 

Mais de 1,6 mil pessoas foram internadas por doenças de veiculação hídrica em 2022, resultando em despesas aproximadas de R$ 1 milhão de reais para Manaus, de acordo com dados do DATASUS, no Painel Saneamento Brasil.

As principais enfermidades relacionadas ao saneamento precário são: giardíase, amebíase, gastroenterite, hepatite, leptospirose e toxoplasmose.

Para o médico infectologista Nelson Barbosa, o cenário pode afetar a longo prazo a vida de quem vive nestas condições se não houver educação ambiental.

 

Na maior favela de Manaus e quarta maior do país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cidade de Deus e Alfredo Nascimento convivem com diversos problemas que afetam 55 mil moradores.

Maior favela de Manaus e sétima maior do país, Cidade de Deus/Alfredo Nascimento. Foto: Divulgação/Arquivo

 

Um dos desafios é o saneamento e a falta de infraestrutura adequada para manutenção de bueiros. A universitária de História, Aline Marinho, observa essa realidade bem próxima de alunos de escolas:

 

Apesar das condições precárias em grande parte da cidade em relação ao saneamento, os avanços são enxergados em outras localidades, tanto para esgoto quanto para abastecimento de água.

No Parque das Tribos – uma periferia formada somente por indígenas na zona Oeste de Manaus -, cerca de cinco mil pessoas de pelo menos 35 etnias foram beneficiadas com um reservatório que regulou a chegada de águas nas torneiras. Ismael Munduruku, liderança da comunidade, afirma que o avanço tirou uma das preocupações dos moradores:

Liderança indígena Ismael Munduruku, do Parque das Tribos. Foto: Ascom Águas de Manaus

 

A mesma sensação teve a dona Maria Ivone, que mora no Beco Nonato, no bairro da Cachoeirinha, que foi alcançada pelo serviço de esgoto.

Beco Nonato, na Cachoeirinha – Foto: Ascom Águas de Manaus

 

Segundo dados divulgados recentemente pelo IBGE, nas favelas ou comunidades urbanas de Manaus, a forma de esgotamento sanitário predominante foi a rede geral, pluvial ou fossa ligada à rede, em quase 45 por cento dessa população.

Confira a parte final da reportagem: 

Especial Saneamento: o presente e o futuro das periferias de Manaus – Parte III

Exibição no jornal BandNews Amazônia 2ª Edição:

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