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Epilepsia: preconceito e falta de informação prejudicam pacientes

O dia 26 de março é marcado como Dia Mundial de Conscientização

por Clara Toledo Serafini

Epilepsia: preconceito e falta de informação prejudicam pacientes
(Reportagem: João Felipe Serrão)
(Foto: Divulgação/SES-AM)

O dia 26 de março é marcado como Dia Mundial de Conscientização Sobre a Epilepsia. Considerada como uma alteração no sistema nervoso central, a doença faz com que a atividade do cérebro, os neurônios e sinais químicos cerebrais fiquem desordenados.

Diagnosticada aos três anos de idade com epilepsia, Deborah Karoline passou a infância vivendo sempre na apreensão de uma possível convulsão.

Aos 10 anos, o que era para ser mais um dia comum na escola para Deborah, em uma unidade de ensino na zona oeste de Manaus, começou a afetar ela com um mal estar. Essa sensação Deborah já conhecia: a de estar prestes a ter um ataque epiléptico.

Fortes emoções, como estresse, tristeza e ansiedade em alta, tudo isso desencadeava na menina um ataque de epilepsia. Hoje, aos 22 anos, a lembrança da doença está em uma cicatriz na testa.

A reação causa sintomas como convulsões, movimentos descontrolados do corpo e até perda de consciência.

De acordo com o neurologista e neuropediatra Rodolpho de Andrade, alteração neurológica ainda é cercada de uma série de mitos e preconceitos. (Ouça)

Ainda segundo o especialista, a epilepsia não é entrave para quem quer ter uma vida normal.

Entre as causas da doença, estão: distúrbios que ocorrem durante a gravidez, traumatismo ucraniano durante a infância, histórico familiar e abuso de bebidas alcoólicas e drogas.

Como o doutor destacou, a maioria dos casos é tratável. São raros os casos que precisam de um tratamento que vá além dos remédios. (Ouça)

Nesse caso, há alternativas, como a medicina nuclear. Segundo a doutora Cristina Matushita, que é diretora científica da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, essa prática pode ser importante no diagnóstico, permitindo uma maior precisão na localização da origem da crise. (Ouça)

Mesmo sem um caso familiar ou próximo do círculo social, é importante se conscientizar. Em situação de um ataque epiléptico em qualquer ocasião, é importante lembrar algumas coisas, evitar que a pessoa caia bruscamente ao chão, tentar colocar a pessoa deitada de costas, em lugar confortável e seguro, com a cabeça protegida com algo macio, nunca segurar a pessoa nem impedir movimentos e retirar objetos próximos com que a vítima possa se machucar e, claro, manter a calma e tranquilizar as pessoas ao redor.

Além disso, o pedido de ajuda médica precisa ser imediato.

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