Neste Dia das Mães, em vez de flores e frases prontas, muitas mulheres celebram a maternidade com a força de quem carrega o amor e a responsabilidade sozinhas.
As mães solo, que cuidam dos filhos sem o apoio constante de um parceiro, enfrentam não apenas a rotina exaustiva de criar e sustentar seus filhos, mas também o peso do preconceito silencioso e da solidão.
Fernanda Lopes, de 26 anos, jornalista e criadora de conteúdo, é mãe da Cecília, de x meses.
Ela conta que encarou a maternidade com muita leveza, mas sentiu essa leveza ameaçada quando se viu sozinha, tendo que lidar com a solidão e com a sobrecarga:
Além disso, Fernanda fala sobre o preconceito que ainda persiste, muitas vezes de forma sutil.
No Amazonas, mais de 17 mil e 600 recém-nascidos foram registrados sem o nome do pai entre 2022 e 2023, segundo dados da Central de Informações do Registro Civil (CRC).
Essa realidade, segundo a psicóloga Priscila Montefusco, é comum entre muitas mães solo e a chave está no apoio, seja em outras mães, ou na própria família.
A maternidade solo carrega consigo uma resistência que muitas vezes é invisibilizada.
Enquanto algumas batalham diariamente por reconhecimento, outras já inspiram os filhos com o exemplo de superação. É o caso da Patrícia Paixão, mãe de quatro filhos, cuja história é contada pela filha, Lorena paixão.
O Dia das Mães pode ser uma data de amor, mas também de reflexão sobre a realidade de tantas mulheres que maternam sozinhas. Entre afetos e ausências, elas seguem lidando com rotinas que nem sempre são vistas, mas que existem, todos os dias.
Por Cindy Lopes.