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Rosiene Carvalho l Contra Bolsonaro, Marina condiciona apoio a Lula ou Ciro à agenda sustentável “melhor assumida”

por Rafael Cardoso Campos

A ex-ministra do meio ambiente e ex-senadora Marina Silva declarou nesta sexta-feira (27), em entrevista exclusiva à Coluna de Política da jornalista Rosiene Carvalho, no jornal BandNews Manaus, que ainda não decidiu quem vai apoiar na Eleição presidencial de 2022, mas que é preciso evitar um segundo mandato de Jair Bolsonaro.

“O que a Rede fez, até o momento, foi liberar os seus filiados e suas lideranças (para escolher) entre as candidaturas do campo democrático. Dentro disso, temos o campo democrático popular, que nós identificamos como sendo as candidaturas do ex-presidente Lula e o ex-ministro Ciro Gomes. Eu ainda estou fazendo um debate para que a agenda da sustentabilidade, de uma nova conformação dos fluxos democráticos, do novo pacto de sustentação daquilo que será o novo governo, possa ser melhor assumida pelas candidaturas. Eu entendo a delicadeza do momento. Nós não podemos nos arriscar a ter um segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro”, afirmou a ex-senadora.

Além de Eleições, Marina falou sobre Zona Franca, alternativas sustentáveis para o desenvolvimento da Amazônia e a importância do Norte votar e eleger indígenas para o Congresso Nacional. Marina fez alerta para o AM afirmando que o estado, tido como o mais preservado, na verdade é hoje um dos que recebe maior pressão de desmatamento.

Confira abaixo a entrevista completa com Marina Silva:

Confira frases de Marina Silva durante a entrevista:

“Há corrupção normativa: atuam (Governo e Congresso) para deixar a lei
de acordo com o crime e criminosos”.

“O Amazonas é um dos estados mais preservados e o que sofre maior pressão, algo que não se via há dez anos”.

“Os projetos para a Amazônia têm que mostrar a viabilidade econômica, social e cultural dos povos originários”.

“Eu não dei a licença de Belo Monte com pressões e críticas enormes. Vamos olhar o que está acontecendo agora, do ponto de vista ambiental e social. O empreendimento não entrega a energia que prometeu entregar”.

“A rede não trabalha com enquadramento dos seus filiados. A não ser que sejam questões que não estão em conformidade com o programa e com o estatuto do partido”.

“Eu ainda estou fazendo um debate para que a agenda da sustentabilidade, de uma nova conformação dos fluxos democráticos, do novo pacto de sustentação daquilo que será o novo governo, possa ser melhor assumida pelas candidaturas. Eu entendo a delicadeza do momento”.

“Não podemos arriscar ter um segundo governo do presidente Bolsonaro porque ele acaba com a democracia, vai acabar com os povos indígenas, com a proteção da Amazônia, com a legislação ambiental, com as políticas sociais e com tudo que está aí posto. Porque até a economia eles não resolvem. Olha o que está aí: a inflação, o aumento dos combustíveis de forma totalmente desorganizada”.

“Ele (Bolsonaro) gosta de botar a culpa nos outros, mas isso aí é responsabilidade dele. Ele tem que começar a trabalhar e parar de fazer motociata no horário de trabalho”.

“Temos que acabar com a violência política porque a polarização está nos poros da sociedade brasileira, mas com guerra a gente não vai conseguir fazer nada”.

“A disputa PT/PSDB era o embrião desta polarização que hoje está comprometendo a própria democracia”.

“Depois de tantos anos de PT e PSDB, chega uma força política contrária à democracia, que acha que pode chegar ao poder pelo uso da força. Tudo isso tem que ser pensado com responsabilidade. Não podemos arriscar, em hipótese alguma, aquilo que nos é fundamental: que esse é um país livre, um país democrático para resolver os seus problemas”.

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