A Comissão Especial da Câmara dos Deputados vai aos estados do Amazonas e Roraima apurar a situação dos 30 mil indígenas que vivem no território Yanomami.
A diligência foi definida na Audiência Pública desta terça-feira (25) promovida pela comissão externa criada ano passado (2024) para acompanhar as ações referentes à crise humanitária dos indígenas Yanomami na região Norte do País.
Segundo a presidente da Comissão, deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT), os valores investidos pelo governo federal não estão promovendo resultados que confirmem melhorias na saúde dos povos indígenas que vivem no território.
A previsão, segundo ela, é que a visita dos membros da Comissão na Terra Indígena, que tem território nos estados do Amazonas e Roraima, ocorra até o mês de maio.
Entre os membros da Comissão está o deputado federal Capitão Alberto Neto, que não esteve presente na reunião desta terça-feira (25).
O Território Yanomami, localizado entre o Amazonas e Roraima, está em situação de emergência sanitária desde 2023.
O Ministério da Saúde, que vinha monitorando a situação da saúde dos indígenas, deixou de publicar dados atualizados nos boletins do Centro de Operações Yanomami (COE – Yanomami).
O último relatório foi publicado em janeiro deste ano, com grande parte dos dados referente ao primeiro semestre de 2024.
Dados obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) pela Folha de São Paulo revelaram que só em 2024, o número de casos de malária subiu de 18,3 mil em junho para 33,3 mil em dezembro. Um aumento de 83% em seis meses. Do total de notificações de malária no território, 14.672 (44%) se referem a crianças de 0 a 9 anos de idade.
Por Dhyene Brissow.