O número de atendimentos por infecções respiratórias agudas (IRA) no Território Yanomami, entre o Amazonas e Roraima, aumentou 270% nos últimos dois anos.
Os procedimentos saltaram de 7.523, em 2023, para 24.180 no ano seguinte, segundo o Informe do Centro de Operações de Emergências Yanomami.
Em 2023, o Governo Federal declarou emergência em saúde pública por causa do aumento das doenças como; malária e desnutrição.
A crise sanitária dos Yanomami se agravou com a invasão de garimpeiros ilegais, causando impactos diretos na saúde da população indígena.
É o que relembra o secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba.
Apesar do aumento de atendimentos por infecções respiratórias agudas, as mortes pela doença caíram de 89 para 47, de acordo com o Ministério da Saúde.
Além da IRA, os óbitos por desnutrição no território reduziram de 44 para 35. Já em relação à malária, 26 pessoas faleceram em 2023. No ano seguinte o número caiu para 15.
Apesar da redução, o coordenador do Greenpeace, Jorge Dantas, afirma que os dados estão alinhados com as atividades ilegais que ocorrem na região.
A situação permanece em monitoramento e análise pelas Secretarias de Saúde Indígena (SESAI) e de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), podendo ocorrer modificações.
Por Tawanne Costa.