Depois de um período de paralisação, consequência da pandemia da Covid-19, as práticas de bototerapia retornaram no Amazonas. Essa atividade foi inspirada em outras terapias realizadas com animais, especificamente a que envolve o golfinho de água salgada e promove a interação de jovens com deficiências e os botos cor de rosa.
A ideia da bototerapia não é substituir tratamentos tradicionais, mas funciona como um apoio e atende pessoas que tem desde hiperatividade e autismo até deficientes auditivos e visuais. O criador do projeto e fisioterapeuta Igor Simões conta que a técnica contribui para o tratamento de crianças e adolescentes. (ouça)
Para ser realizada, é necessário um flutuante com acessibilidade, sem turistas, apenas com as pessoas envolvidas na bototerapia, para o conforto dos pacientes. Segundo Igor Simões, a técnica já beneficiou mais de 300 famílias. (ouça)
A fisioterapeuta Jéssica Fonseca é mãe da Glenda Gabriela, uma adolescente de 14 anos que nasceu com paralisia cerebral, e faz a terapia com botos há 10 anos. Jéssica afirma que os resultados são positivos. (ouça)
Outra preocupação é com a questão ambiental. A atividade é autorizada desde 2009 pelo Ibama e se propõe a ser realizada causando o menor impacto possível na rotina dos botos. O projeto conta com parceria do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). A atividade é praticada de forma voluntária pelo fisioterapeuta Igor Simões.
O profissional destaca que para continuar atendendo pessoas com necessidades especiais através da bototerapia, é fundamental que o projeto tenha mais apoiadores. (ouça)
A bototerapia já atendeu pacientes da Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas, o Hemoam, de escolas de educação especial de Manaus e agora retornou as atividades com as crianças e adolescentes com deficiência do Abrigo Moacyr Alves.
Quem quiser ajudar o projeto ou pretende entrar para a lista de espera para fazer a bototerapia, pode entrar em contato através do número (92) 99142-6764.
Reportagem: João Felipe Serrão