O áudio que você acabou de ouvir foi registrado na madrugada de 1º de março, em Parintins, a trezentos e sessenta e nove quilômetros de Manaus. Ele mostra o desespero de um grupo de jovens ao presenciar o afogamento de dois amigos no Rio Amazonas.
O incidente aconteceu em frente ao píer da Praça Digital, um ponto turístico da cidade. Os jovens nadavam à noite, quando começaram a se afogar. As tentativas de socorro foram em vão, e a tragédia se consumou.
Na capital, ocorreu um caso semelhante. No último domingo (9), um adolescente de 16 anos morreu afogado na Praia da Ponta Negra, após entrar no rio fora do horário permitido para banho. Ele avisou aos amigos que iria mergulhar, mas logo depois começou a ter dificuldades para nadar e desapareceu.
Os casos reacendem um alerta sobre o alto índice de afogamentos no Amazonas, especialmente durante a noite. Dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático mostram que, em 2022, o estado registrou 5,42 óbitos por cada grupo de 100 mil habitantes, ficando atrás apenas do Amapá no ranking nacional.
Mas por que os afogamentos são mais comuns à noite? E quais medidas podem evitar essas tragédias? Quem explica é o tenente do Corpo de Bombeiros do Amazonas, Daniel Araújo:
Além da baixa visibilidade, fatores como cansaço, consumo de álcool e falta de atenção ao ambiente contribuem para o risco. Em um rio como o Amazonas, onde as correntezas são imprevisíveis, um simples mergulho pode se tornar fatal.
E no caso de um afogamento, o que fazer até a chegada do resgate? Daniel Araújo compartilha orientações pertinentes:
Conforme o Corpo de Bombeiros, a maioria das vítimas são homens e os afogamentos ocorrem, na maioria das vezes, em áreas de difícil acesso.
A recomendação é clara: respeitar os horários de segurança e nunca entrar no rio sozinho, principalmente à noite, e, em caso de emergência, acionar imediatamente os bombeiros pelo telefone 193.
Por Vitória Freire.