Mesmo com pedido de suspensão do Ministério Público Federal (MPF), o governador Wilson Lima afirma que a exploração de potássio já é uma realidade no Amazonas. A declaração foi dada nessa terça-feira (14) pelo chefe do executivo estadual, em Nova Iorque, durante encontro com líderes empresariais.
Segundo Wilson Lima, junto à exploração do gás natural, a exploração do potássio integra novas matrizes econômicas incentivadas pelo governo do Amazonas como alternativas econômicas para a região.
Ainda de acordo com Lima, é importante pensar no desenvolvimento ambiental e socioeconômico do estado para os próximos anos.
De acordo com a empresa Potássio do Brasil, o projeto de exploração do minério prevê a operação mais verde do mundo, com redução de emissões de gases de efeito, sem novas áreas desmatadas e atendendo as condicionantes ambientais do Estado.
O encontro acontece na semana em que o Ministério Público Federal (MPF) pede a suspensão emergencial das licenças concedidas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) para instalação de empreendimentos da Potássio do Brasil na região de Autazes (AM).
De acordo com o MPF as obras ocorrem sobre áreas tradicionais ocupadas pelo povo indígena Mura, das quais as terras estão em processo de demarcação.
Além de sobrepor ao território dos Mura, o empreendimento está ao lado de outras duas terras indígenas: Jauary e a cerca de 6 km da terra indígena Paracuhuba.
O MPF aponta ainda que há grave risco ambiental para a região, uma vez que o projeto prevê a perfuração do solo, com a abertura de grandes túneis em profundidade, sem que todos os estudos tenham sido realizados da forma adequada.
Da redação.