Vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) cobraram mudanças na atuação da Guarda Municipal após a divulgação de um vídeo que mostra sete agentes torturando um homem algemado em um prédio abandonado no Centro da capital. Os sete guardas municipais seguem afastados. O caso, registrado como tortura, é investigado pela Polícia Civil.
Apesar das diferenças políticas, tanto o vereador Zé Ricardo (PT), da Comissão de Direitos Humanos, quanto o Coronel Rosses (PL), da Comissão de Segurança, defenderam mais treinamento e o uso de câmeras corporais no efetivo.
Para o presidente da Comissão de Segurança da CMM, vereador Coronel Rosses, o caso levanta debate sobre a importância do município realizar um treinamento mais humanizado do efetivo.
Sobre câmeras corporais, o vereador, que é coronel da PM, diz ser a favor. No entanto, desde que a filmagem fique sob o controle da guarda municipal:
O vereador Zé Ricardo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM, classificou o episódio como “sessão de tortura”. Com o armamento da guarda municipal, o parlamentar destaca a importância de treinamentos:
Em janeiro deste ano, a BandNews Difusora FM, conversou com o corregedor da Guarda Municipal de Manaus, Oliveira Filho, que afirmou que a Guarda Municipal defende uso de câmeras corporais:
Cerca de 226 agentes da guarda municipal de Manaus são equipados com armas.
Após o episódio, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Segurança Pública (Semseg), divulgou nota afirmando que repudia o episódio, que considera a agressão injustificável e que o comportamento dos agentes não reflete os princípios da Guarda Municipal.
A administração municipal determinou o afastamento imediato dos envolvidos, recolheu as armas usadas por eles e abriu processo disciplinar para investigar os fatos.
Por Ricardo Chaves.