Uma Operação do Conselho Nacional de Justiça com apoio da Polícia Federal cumpre nesta segunda-feira (24) mandados de busca e apreensão contra o desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) Elci Simões. Um veículo do magistrado está entre os bens apreendidos.
O gabinete do desembargador Elci Simões, no segundo andar do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), foi lacrado na sexta-feira (21) após decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com apoio da Polícia Federal.
Na porta foi colocado o aviso “interditado por ordem do CNJ”.
Durante as buscas, notebooks, celulares e tablets dos magistrados foram recolhidos para perícia.
Simões foi afastado por decisões que causaram prejuízos de pelo menos R$ 150 milhões à Eletrobras.
O CNJ investiga Elcy e o juiz Jean Pimental da Comarca de Presidente Figueiredo supostamente envolvidos em um esquema que autorizou o pagamento de R$ 150 milhões em títulos antigos da Eletrobrás datados da década de 1970.
O problema é que a pessoa que solicitou o pagamento dos títulos, identificada como Bruno Eduardo Thomé de Souza, nasceu 15 anos após a emissão dos créditos a pagar. O Juiz Jean, da comarca de Presidente Figueiredo, acatou a ação e determinou o pagamento e o desembargador Elcy suspendeu temporariamente, mas liberou em seguida.
Do valor total de R$ 150 milhões, quase R$ 144 milhões já foram recuparados.
Para o ministro Corregedor do CNJ, o caso exigia cautela do desembargador, o que não ocorreu.
Em nota, o TJAM informou “que o Tribunal deu cumprimento a todas as determinações do CNJ”.
Disse ainda que “a investigação é sigilosa e tramita na Corregedoria Nacional”.
Da redação.