Por Tawanne Costa
Mesmo com a previsão de que o Amazonas não deve enfrentar níveis extremos de seca este ano, a Defesa Civil e empresas do setor de energia e combustíveis criam plano de contingência e se programam para ampliar estoques.
A medida considera os possíveis impactos no transporte fluvial, principal via de abastecimento para o interior do estado.
A Secretaria de Estado de Energia, Mineração e Gás (Semig) faz o monitoramento e sugere a ampliação de estoques estratégicos e troca de informações em tempo real junto as empresas que atuam no segmento no Amazonas.
Segundo o titular da Semig, Marco Vilela, as ações devem mitigar os impactos.
Em 2024, a estiagem severa afetou mais de 800 mil pessoas nos 62 municípios do Amazonas.
O baixo nível dos rios impactou a chegada de insumos em cidades mais isoladas, gerando o sobrepreço e escassez. Em Tapauá, a botija de gás chegou a ser vendida a R$ 180.
O planejamento dos órgãos é para evitar o desabastecimento no interior do estado, como afirma o secretário da Defesa Civil, coronel Francisco Máximo.
As estações que geram eletricidade no Amazonas dependem da queima de óleo diesel e gás, mas para chegar nessas regiões as embarcações demoram até 8 dias de viagem. Além disso, a quantidade de combustível transportada é menor no período de seca, por causa da possibilidade do encalhe.
Em 2023, o baixo nível dos rios dificultou a chegada de combustíveis nos municípios, gerando aumento do valor do produto e em alguns casos até o racionamento de energia elétrica.