21 cidades do estado do Amazonas são marcadas pela presença de facções criminosas em seus territórios.
É o que revela o estudo Cartografia das Violências na Amazônia, lançado nesta quarta-feira (11), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em parceria com o Instituto Mãe Crioula (IMC).
O levantamento destaca que o “Amazonas é um estado muito estratégico para a circulação e o escoamento de drogas oriundas dos países andinos, por onde passam grandes volumes. Por isso, é considerado por muitos analistas como o estado da Amazônia que abriga a principal rota do narcotráfico”.
Ainda segundo o estudo, o conflito por controle de territórios e pelo uso da terra na Amazônia Legal é o principal gerador de violência na região atualmente.
O relatório aponta que, apesar da redução na taxa de desmatamento, ainda figuram no ranking das cidades mais desmatadas Lábrea e Apuí no Sul do Amazonas; Altamira, São Félix do Xingu, Novo Progresso, Itaituba Pacajá e Novo Repartimento, todos no Pará; Porto Velho, em Rondônia; e Colniza, no Mato Grosso.
Sete delas constam no ranking das 100 cidades mais violentas da Amazônia, e nove estão no último relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT) que documenta conflitos fundiários.
Apesar do registro de queda nos últimos anos, a região permanece com altas taxas de mortes violentas.
Em 2023, houve mais de 8 mil e seiscentas mortes violentas intencionais na Amazônia Legal – uma taxa de 32,3 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes, 41,5% maior do que a taxa brasileira.